Usina de Pautas

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Local: São Paulo, SP, Brazil

"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!!” – Mário Quintana -------------------------------- “Quando crescer quero ser exatamente igual ao que era quando criança: eu mesmo”. (Eu) Marcelo Santos é jornalista e trabalha como repórter. Pretende no futuro ser escritor,roteirista, poeta, biógrafo. Também esposo, pai, filho, irmão, neto, sobrinho e amigo de muita gente.

sábado, setembro 20, 2008

ENDEREÇO NOVO

Mudei.

Agora passei a escrever no endereço: www.usinadepautas.wordpress.com

Espero escrever mais por lá. Ficarei feliz com sua visita na minha nova 'cabana' virtual.

Marcelo

quinta-feira, agosto 28, 2008

Tem que valer, valer, viver...


"Quero que me digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo. Quero que vocês possam mencionar o dia em que tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a humanidade. Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não têm importância. Não quero deixar nenhuma fortuna. Eu só quero deixar uma vida de dedicação! E isto é tudo o que eu tenho a dizer:
Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, se eu puder animar alguém com uma canção, se eu puder mostrar a alguém o caminho certo, se eu puder cumprir o meu dever cristão, se eu puder levar a salvação para alguém, se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou......então a minha vida terá valido a pena!" [Martin Luther King Jr.]
E valeu, Doutor, como valeu.

domingo, agosto 10, 2008

Eloi, Eloi, lama sabactani?


Quando era criança, sempre imaginei que ser Pai bastava. Afinal, os filhos são a causa maior da nossa alegria.

Ledo engano. Não basta ser pai. É preciso ser filho também. Vejo isso quando olho para meu pai. Há 15 anos meu avô paterno faleceu. E, há 15 anos vejo meu pai colocar a música “Pai”, do Fábio Jr., se refugiar do tumulto e segurar as lágrimas de saudade.

Fico pensando em alguns amigos próximos, que não têm seus pais presentes. Meu amigo Régis, por exemplo. Gente muito boa. Desde que eu o conheci, não tinha mais contato com seu pai. Casou e teve sua filha sem ter seu pai por perto.

Fico pensando no meu amigo Alê, que faleceu em maio, sem ter comemorado o primeiro dia dos pais ao lado do seu pequeno Gustavo. O Alê também não teve a presença paterna ao seu lado. Também foi vítima de uma separação. Do abandono do pai, que seguiu com outra família.

Esses dois amigos nunca reclamaram a falta do pai. Mas sempre a demonstraram. Suas características pacatas deixavam exposta uma das marcas que a ausência paternal provoca. Quando não se tem pai, não se pode ser valentão, afinal, não haverá um pai para segurar a barra. O pequeno Gustavo tem um grande desafio pelo frente.

Paradoxalmente, tenho muito que agradecer. Sempre tive por perto a figura do meu pai. Sempre soube que ele estaria ali. E, até hoje, não tenho medo da vida porque sei que ele está por perto para me ajudar, caso eu faça uma burrada. Os filhos sempre acreditam que o pai é um poço infindável de coragem, de sabedoria e de dinheiro também.

Quanto aos amigos que não tem seus pais por perto, posso lembrar do momento mais duro da vida de Jesus. Do alto da cruz, às três da tarde, em meio à escuridão que assolou aquele dia, Jesus olhou para os céus e clamou: Eloi, Eloi, lema sabactani? (Meu pai, por que me desamparaste?). Foram as últimas palavras de Jesus, que tinha seu coração mais dilacerado do que o próprio corpo. Sua alma clamou por seu pai.

A boa nova é saber que Deus entregou seu único filho para que através de Jesus todos pudessem ter também um pai. Desta vez um Pai eterno e incorruptível. Após a ressurreição de Cristo, suas primeiras palavras, foram: “Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos (...)” Jesus referia-se aos seus irmãos, filhos do mesmo Pai. Filhos de Deus.

A dor do distanciamento do pai, aqui na terra, é reflexo da dor de não ter um Pai celestial.Jesus olhou e viu os céus vazios. Muitos amigos e pessoas tão amadas olham e vêem a casa vazia. O quarto vazio. O portão que nunca mais vai ranger ao ser aberto pelo pai, na volta do trabalho.

Mas há esperança. A fé cristã alimenta essa esperança: a de que o pai pode até se ausentar por um pequeno momento. Mas, logo, ele estará lá. Sim. Ele jamais se esquece do seu filho.
E o filho jamais se esquece de seu pai. E coloca logo Fábio Jr. no tocador de CD, que eu quero chorar à vontade.

sexta-feira, maio 02, 2008

Coração moído


Quando o coração da gente sangra, todas as palavras do mundo não representam nada. Os discursos são vazios. As reflexões mais sábias tornam-se tolas. Atônitos, quietos, perplexos, assistimos ao desfile da morte. Foi assim que ela levou um querido e admirado amigo que, em pouco tempo, não suportou a um terrível câncer. Novo demais com sonhos e trabalhos pela frente. Com um filho recém nascido e uma jovem esposa. Um doce casal. Um amigo gentil.

Sua falta nunca será preenchida. Sua ausência servirá sempre para nos lembrar que a vida é um sopro. Que a dor não escolhe apenas aos maus. Que, se não acreditarmos em Deus e em sua pátria celestial, somos os mais miseráveis dos homens.

Resta nos pedir o consolo divino. A Graça que enche nosso coração de alegria mesmo diante das mais adversas situações. Resta enxugar às lagrimas, demonstrar amor e humanidade. Consolar as mães, as viúvas, os aflitos da alma. Resta nos aquietar e saber que Deus bom. Sim, Deus é bom.

"Eu tenho sede de ti, o Deus vivo! Quando poderei ir adorar na tua presença?
Choro dia e noite, e as lágrimas são o meu alimento. Os meus inimigos estão sempre me perguntando: “Onde está o seu Deus?” Quando penso no passado, sinto dor no coração. Eu lembro quando ia com a multidão à casa de Deus. Eu guiava o povo, e todos íamos caminhando juntos, felizes, cantando e louvando a Deus. Por que estou tão triste? Por que estou tão aflito? Eu porei a minha esperança em Deus e ainda o louvarei. Ele é o meu Salvador e o meu Deus." (Salmo 42)

sexta-feira, abril 25, 2008

Amanheci mais velho


Ontem amanheci mais velho. Deixei os 20 para estrear nos 30. Engraçado é que não me sinto muito diferente. Aliás, revendo alguns vídeos antigos, continuo me sentindo como um garoto de 13 anos.

Minhas principais dúvidas sobre a vida ainda permanecem. Continuo gostando de coisas que gostava na época e, mesmo mais pesado e mais velho, me sinto disposto para uma partida de futebol, umas braçadas na piscina ou até mesmo uma corrida. Pena que se sentir disposto não significa ter vigor.

Mas, algumas coisas eu aprendi. Principalmente nesses últimos anos. Aprendi que na vida eu preciso de amigos. Amigos de verdade, destes que a gente pode abrir o coração e contar nossas piores verdades, nossas fragilidades. Preciso de gente do meu lado e preciso estar ao lado de gente, exercendo minha humanidade. Chorar e rir junto. Compartilhando e sendo sincero, sem máscaras. Aprendi a valorizar isso e a desejar isso do próximo.

Aprendi que preciso de mentores. De mestres que me ajudem a enxergar onde não consigo ver nada. Que iluminem o caminho. Mestres que morem perto de mim, que possam estar comigo através de um telefonema ou através das páginas dos livros. Preciso de exemplos vivos de que é possível, sim, uma vida digna, honesta, amável e solidária. Preciso desses heróis de verdade.

Aprendi que os mais velhos sabem mais sobre a vida e que merecem ser ouvidos e respeitados. Da mesma forma, descobri que já possuo a responsabilidade de ser um exemplo para os mais novos. De ser referência para quem está começando seus passos.

Aprendi que família é expressão da Graça de Deus. Que viver em paz, no lar, é melhor do que barras de ouro ou sucesso. Que é possível, sim, melhorar e aperfeiçoar.

Aprendi também que gentileza, bondade e doçura é um dever de todo aquele que se chama cristão.

Tenho descoberto que a felicidade não está lá, mas sim aqui. Que não preciso “ter”, “ser” ou “chegar até lá” para ser feliz.

Descobri que preciso aprender a ser mais tolerante. Que preciso deixar de mentir, mesmo quando me sinto encurralado.

Aprendi que dizer “não” faz um bem danado. Que há sabedoria nas pessoas simples e que chorar ou dar gargalhadas é o maior barato.

Aprendi que preciso conhecer meus limites e identificar minhas fraquezas. Que, como no exemplo bíblico do rei Davi, quando eu for confrontado com minha maldade e mazelas, devo ter humildade para reconhecê-las e admiti-las dentro de mim.

Aprendi que não posso viver sem fé. E que minha fé não precisa ser a melhor, a mais certa, a inerrável. Aprendi que duvidar é uma virtude. Que a fé só é válida se conquistar meu coração e minha mente.

Aprendi que tudo passa rápido demais. Como um tiro, um som estridente que logo não existe mais. Aprendi a ser grato por viver até agora. E que a vida é bonita, é bonita e é bonita.

terça-feira, abril 15, 2008

“Morre, em nome de Jesus!”




Minha cabeça anda queimando com toda turba decorrente do assassinato da pequena Isabella Nardoni.

Pela manhã, o noticiário atualiza as velhas-novas informações. Das suspeitas que, numa matemática indecifrável, apontavam para 99% do caso resolvido, para hipóteses de outros suspeitos. Mas, o que mais me preocupa mesmo é ver o grau de insanidade de nossa sociedade. Uma sociedade que se move ao calor das manchetes. Desnecessário explicar que minha tristeza se dá na reação das pessoas diante da possibilidade do pai ter matado sua pequena filha. Queremos “fazer justiça”. Queremos que o criminoso, culpado pelo bárbaro crime, padeça as dores mais sofríveis e ainda ganhe, como morada eterna, o inferno. Ou, como vociferou um zelador de 60 anos, diante do IML, quando Alexandre e Ana Jatobá faziam exames: “Morre, em nome de Jesus!”

Fico pensando onde esse homem ouviu que ele poderia usar o nome de Jesus para chancelar um desejo cruel, como a morte de alguém. Minha primeira explicação é de que o nome de Jesus não tem sido relacionado com sua essência, que é o amor. O nome de Jesus é “poderoso”, como diz a canção evangélica. O nome de Jesus é a “chave”, como afirma alguns discursos. O nome de Jesus é o caminho mais curto para o “nosso desejo”. Essa tem sido a tônica do discurso cristão. Poucos são os que dizem que o nome de Jesus é amor, Graça, perdão, pacificação e reconciliação. Daí fica fácil entender como o doce nome de Jesus pode ser usado numa expressão de intolerância e ódio.

Essas idéias entram sorrateiramente em nossas mentes e corações. E entram porque não nos permitiram usar nossa capacidade crítica. Pior, disseram que senso crítico não é uma coisa boa e que provoca contendas e divisões. Então, de tanto absorver, ficamos intoxicados. Por falta de senso crítico, consumimos qualquer conversa, qualquer idéia, por mais perniciosa que seja. Por mais egoísta, maldosa e diabólica. Duvidar não faz parte da agenda cristã. O mesmo Deus de Graça e amor pode muito bem conviver com o deus de ódio e intolerância.

Somando isso com nossa inclinação natural para olhar as maldades alheias e esquivar de encarar as nossas próprias, podemos encher nossos peitos e “profetizar”: “Morre em nome de Jesus!”.

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quarta-feira, janeiro 02, 2008

(Des) Cansei


E nEle deposito minhas inquietudes.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Caminhando ao lado do estuprador


Sempre tive repulsa aos estupradores. Considero este tipo de criminoso um covarde, um sujeito de tamanha baixeza que sempre recebeu de mim o mais completo desprezo e ódio, legitimando pensamentos como “que receba na prisão o que causou as suas vítimas” ou “que rasteje pelas sombras, pelas sarjetas até que, num único ato de dignidade, acabe pondo fim a sua própria existência”.

Pensamentos nada nobres, eu bem sei. Mas, afinal, é um estuprador....

Principalmente quando pensamos em crianças, adolescentes que terão suas vidas destroçadas, seus sonhos arrasados, sua auto-estima arrebentada para sempre por causa de um vil criminoso que queria extravasar seus impulsos sexuais.

Mas, durante essa semana, conheci algumas pessoas. A principal delas foi a doutora Dorothea, psicóloga de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Ela também tinha asco por estupradores. Conhecia os efeitos nas vítimas de abuso sexual, que atendia em seu consultório. Foi quando recebeu um convite do presídio local, para auxiliar um estuprador que queria repensar sua vida. Na verdade, um passatempo para o criminoso, que nada de mais útil tinha para fazer. No entanto, um grande desafio para Dorothea, que precisou ajustar sua apertada agenda para ajudar o sujeito

Foi ali, nas dependências da putrefata carcerária, que um milagre aconteceu. Não sei bem se foi uma luz, que flutuou sobre o piso defecado e urinado do presídio. Se um som como de harpas ou uma figura de uma pomba, que pousou na janela da cela (costumo visualizar estes símbolos, quando penso na Graça de Deus se deslocando do Céu até o pecador). Só sei que uma profissional bem sucedida esticou sua mão ao mais vil pecador. Visitou a família deste homem, acompanhou os dramas e os ajudou até o dia que o outrora estuprador se transformasse num pecador arrependido, ciente de sua desgraça humana.

Fico pensando até onde a Graça de Deus pode chegar. Essa manifestação divina que não faz super heróis, mas convence o homem de sua baixeza, de sua total carência do Criador.

Qual é a diferença daquele estuprador para mim? Ele, o criminoso, sabe que não pode restaurar ou pagar pelo que fez. Que nada nessa vida pode compensar o dano que causou a suas vítimas. Eu, bem, às vezes me engano achando que não sou tão ruim assim. Que tenho créditos para negociar com o Criador... mas, na verdade, como me ensinou a doutora Dorothea, há apenas dois tipos de pessoas. Pecadores arrependidos e regenerados pelo poder transformador de Deus e pecadores não-arrependidos.

Que Deus me mostre outras Dorotheas pelo caminho.

quarta-feira, julho 04, 2007

A Utopia


A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar - Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio.

segunda-feira, abril 02, 2007

Caminhos para o futuro


Ele olhou a porta entreaberta.
Não mais pôde ser igual.

Suas mãos suadas, mente afligida, coração disparado.O que havia no pós-porta? Silhuetas de uma nova vida ?
Ele se viciou e não mais pode deixar de pensar na porta. Não podia mais conter-se entre as quatro paredes que abrigavam a história de sua vida; não mais.
Havia uma porta e havia vida atrás dela. Ele - já não mais incauto - sabia disso. Tentaram dissuadi-lo dizendo que era caprichos de sua fértil imaginação mas, até nisso, ele via motivos para fixar seus olhos para o além-porta.

Sabia que nada mais poderia fazê-lo retornar de onde saiu, não poderia se conformar com a ausência de uma vida não vivida.

Escreveu um bilhete onde se lia: "Minhas raízes estão aqui, isso eu sei. Agora preciso saber onde estão os meus ramos. Até breve". Depois disso, abriu a porta e seguiu seu caminho.

Dizem que ele nunca mais voltou. Outros contam que ele retornou para rever os amigos, mas os amigos não mais o reconheceram. Há ainda quem diga que ele nunca saiu, já que nada existia depois da porta e que tudo isso foi inventado por um atormentado sonhador para confundir os tolos.

De concreto apenas um rabisco na parede, próximo a porta, por onde supostamente ele partiu, depois de anotar: "Não há estradas para o passado; apenas caminhos para o futuro".


segunda-feira, março 26, 2007

O mais indigno dos repórteres


Graças a Deus, há dois anos deixei de trabalhar apenas por dinheiro. Engana-se quem pensa que tenho um alto salário (muito pelo contrário). Também é claro que ainda exijo ser remunerado pelo meu trabalho, mas, não tem sido essa a minha principal motivação.

Nesta última semana, alcancei mais um objetivo de vida. Consegui publicar uma reportagem na tradicional revista Problemas Brasileiros (www.sescsp.org.br/sesc/revistas/pb), uma publicação do SESC-SP, com 45 anos de história. Isso, para mim, é um golaço. Aliás, nos últimos meses, consegui duas grandes vitórias: escrever para a Problemas Brasileiros e para a Revista do Brasil (http://www.revistadobrasil.net/rdb6/cultura.htm), duas publicações que respeito e admiro.

Tenho descoberto, com essas vitórias, que esse meu caminho não é marcado por uma excelência profissional, por um profundo conhecimento cultural ou habilidade técnica. Não. Sou o mais indigno dos repórteres. Tropeço nas palavras, nos pensamentos. Esbarro na falta de uma consistente bagagem acadêmica e cultural. Na fluência de outros idiomas. O que tem me ajudado é a Fé. Submisso, coloco meu coração diante de Deus. Em oração, eu peço que meu coração ardentemente desejou. Em oração vejo o que com os olhos naturais não poderia perceber. Sinto, respiro, me emociono. É assim que começo a escrever. Que planejo as pautas e que descubro, a cada dia, uma nova face da vida. Vejo que a Graça transcende espaços físicos, dogmas. Vejo que a fé não pode ser subjugada, catalogada e colocada à venda.

Fazei prova de mim, diz o bom Deus. Suas misericórdias duram para sempre. É assim, pela fé, que alcanço atalhos, ou melhor, outros caminhos.

Por isso, eu sou grato por esse cuidado que transcende meus esforços. Que me faz vivo e cheio de esperança. Que me faz sonhador, mesmo quando acordado.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Alguém me espera



Toda vez que saio para trabalhar, meu filho, de quase três anos, me diz: “Pai, vou esperar você chegar”. Passo o dia inteiro com essas palavras; quando volto para casa, ele comemora meu retorno com sorrisos, abraços e beijos. Que sensação!
Como é bom ter alguém esperando pela gente, torcendo para que vá tudo bem, para que, no reencontro, possamos trocar abraços e conversar (brincar, no caso de meu filho). Nestes momentos, eu lembro das palavras de Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14: 2 e 3).
É como se Jesus estivesse dizendo: “Eu estou te aguardando. Você tem um lar aqui. Há um quarto só para você e eu fiz seu prato predileto. Na instante tem aquele livro que você já leu 30 vezes e deixei aquele CD predileto no aparelho de som”.
Ok. É bem provável que não teremos livros ou Cds no Céu. Mas, certamente, o que Deus tem preparado é algo muito melhor. Melhor do que nossa pequena consciência pode desejar, como está escrito em 1º Coríntios 2:9 : “(...) olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”
Por isso, meus pensamentos também são arrebatados com a doce sensação de chegar ao meu lar celestial. Penso que este desejo de encontrar com o Pai é também compartilhado por Ele. Quer me ver chegar bem, limpo e sem machucados ou feridas... talvez, por isso, ele me dá tantos conselhos, fale tanto comigo.
Chegou até mesmo a escrever um livro cheio de recomendações (a Bíblia). Como é bom saber que há alguém me esperando em meu lar. Como é bom.

domingo, janeiro 07, 2007

Meu pai, meu herói

O imaginário infantil é maravilhoso; pródigo em criar monstros terríveis que se acobertam sob a cama ou dentro de pequenos armários, insetos maldosos que habitam as profundezas dos pratos de comida durante o almoço e o jantar, e professores maquiavélicos que fazem de tudo para que você tire a nota mais baixa da turma,

Mas, nada supera a imagem do pai herói, principalmente para os meninos. O pai que é capaz de combater criminosos com apenas uma das mãos, enquanto, com a outra, protege sua cria. O pai que, com sua força de urso, levanta o sofá, martela um prego ou carrega uma caixa de refrigerantes, depois de um extenuante dia de trabalho.

No fim de semana passado, revivi um pouco disso quando meu pai guiou uma caravana, de uns sete carros, por meio de uma sinuosa e barrenta trilha, próximo à chácara de nossa família.

E quem disse que um fim de semana chuvoso só reserva dissabores?

Na volta, enquanto guiávamos nossos carros pelo caminho de volta, fomos surpreendidos por uma descida escorregadia. Quem se aventurou parecia estar com o carro sobre uma pista ensaboada.... o carro descia desgovernado e o volante tornou-se mera peça decorativa.

Foi aí que o super-pai entrou em ação. Com o caminho principal interditado, ele deu meia volta, orientou uma fila de carros e guiou os motoristas perdidos por um outro percurso.

Foram subidas arriscadas, descidas íngremes, paisagens lindíssimas e, por fim, o asfalto. Ah! Sim, O velho e bom asfalto.

A comemoração foi geral, o resto da semana estaria salvo e todos poderiam voltar para casa.

Meu pai, com seu chapéu de “Indiana Jones”, de dentro de seu carro, não conseguia esconder o sorriso orgulhoso e heróico. Os motoristas, agradecidos, seguiram viagem.

E eu tive a oportunidade de presenciar o super pai em ação, que num ato de coragem, salvou a semana não só da família como de todos os que estavam a sua volta.

No Poupatempo


Bom...

No "Poupatempo", enquanto aguardava na fila, já imaginava o resultado "reprovado".

Cheguei no guichê primeiro guichê, me mandaram para outro... a fila só me fazia suar. "droga", pensei. "Por que não conseguia ver o resultado pela internet? Seria tão menos constragedor..."

Mesmo assim, continuei. Quando chegou minha vez, mal pude acreditar... fui aprovado.

Pois é, contra todas as evidências, acabei me dando bem.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A Prova

Depois de oito meses de atraso, fui ao Detran renovar minha carteira de habilitação. Para tal, foi preciso, além dos procedimentos básicos como exame médico e recolhimento de taxas, realizar uma prova de Direção Defensiva e Primeiros Socorros.

Quem me conhece sabe que sou calmo, dirijo com cuidado e nunca - ou quase nunca - fui imprudente ao volante. Nunca bati e multa foi apenas uma, por passar no farol amarelo/vermelho, atrás de um ônibus que me roubou a visibilidade (aquele guarda Fiii.. $@@!!).

Estudei pouco, fiz alguns simulados pela Internet, agendei meu exame e segui para o Detran.

No Detran, a mesma coisa. Por fora, as belas formas arquitetônicas assinadas pelo gênio Oscar Niemeyer; por dentro, um local meio obscuro, com despachantes por todo lado em conversas sobre como dar a volta em seus clientes. Desviei de uma alcatéia deles e prossegui para o local da avaliação.

Uma fila apontava para a sala. Entrei e logo fui dirigido à uma mesa empoeirada, número 33. Na espera, que sempre é angustiante, comecei a matutar: 33 foi a idade que Jesus foi crucificado, exposto em vergonha ... ... será que significa que vou padecer também??

Logo afastei o pensamento desanimador, olhei para o relógio e ainda faltavam quinze minutos para o início do embate, digo, prova.. Passei o dedo sobre a mesa, li algumas inscrições como "É nois!" "Z/N" entre outras e me deparei com um pequeno papel de chiclete amassado.

Na mesa havia também um buraco daqueles que servem para passar fios e logo inventei um jogo. A regra era: caso conseguisse colocar aquele papelzinho no buraco, dando um toque (simulando um chute) com o dedo, significaria que passaria no exame. Tentei umas 20 vezes. Ora o papel passava a marca, ora parava próximo. Vi que era quase impossível conseguir o tento e mudei a regra do jogo a meu favor, afinal o jogo era meu, .

Agora a lei seria: caso conseguisse colocar o papel pelo buraco, significaria que não conseguiria passar no teste. Primeira tentativa - meio displicente, é verdade - e o papel foi longe. Na segunda, flupt. O papel entrou como se estivesse sido colocado cuidadosamente no orifício.

Que droga! - pensei. Nisso, a prova começou a ser distribuída. O que eu imaginava ser fácil, tornou-se um tormento.

Qual é a quantidade de passos que devem ser dadas para se colocar um sinalizador em uma estrada cujo limite máximo de velocidade é de 80 por hora, mas que esteja sob chuva? Em qual situação deve tirar o cinto de segurança do acidentado? Fiquei atordoado....

No dia seguinte, fui ao Poupatempo obter minha resposta....

terça-feira, novembro 21, 2006

No campo de crisântemos




E foi assim, como previa. A viagem à Bauru do fim de semana só trouxe uma má expectativa que veio se confirmar na manhã de segunda.

Quando vi minha avó no sábado, fiquei sem esperanças. Tal como eu previa, ela estava muito debilitada.

Voltei na manhã de domingo, a noite fui à igreja e depois retornei para casa para descansar.

A mala da viagem ainda não havia sido desfeita quando, na manhã de segunda-feira, minha mãe telefonou avisando que minha avó acabará de falecer...

Voltei para Bauru onde passei a noite no velório e depois a manhã, no enterro.

Tudo isso é triste. A sombra da morte é triste, estranha e indesejável. Mas, enxugadas as lágrimas, penso que foi pela Bondade de Deus que eu pude chorar, lembrar, chorar...

Porque só choro por conta da lembrança, da saudade... Lembranças e saudades de alegrias proporcionadas por Deus em outros tempos. Triste mesmo é não ter motivos para chorar; não ter razões para ficar triste. Só conhece a tristeza quem já provou da alegria.

Além disso tudo, é na morte que nossa fé é provada. Se creio no que creio, sei que a tristeza é passageira mas a Esperança em Cristo é Eterna.E eu escolho crer nessa Esperança.

Vó, até breve.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Estou com medo


Na madrugada de sábado pretendo viajar para Bauru para visitar minha avó materna. Faz quase um ano que não a vejo e o que me leva lá não é exatamente a saudade: é uma grande preocupação.

Ela está internada e seu estado não é bom. Disseram-me que ela está bastante amarela e inchada; talvez problemas nos rins. Isso me faz recordar a última vez que vi meu avô paterno vivo, há pouco mais de dez anos atrás.

Meu avô era um sujeito forte e animado. Tinha 64 anos quando a doença-sem-cura que surge sem-um-porquê o pegou. Eu era adolescente e estava no primeiro ano do colégio e ria muito com ele, com seu jeito simples e afetuoso. Fazia amigos facilmente, dirigia seu fusquinha barbeirosamente…

Ele tinha umas tiradas ótimas. Meu irmão caçula era um bebê e ele brincava com ele no colo “ôôôô tico-tico-tico”. Quando ficava nervoso com nossa bagunça pela casa ele dizia: “Vocês vão bagunçar o coreto, é?” Só descobri o que era coreto depois que ele partiu. A doença-sem-cura o maltratou e, em poucos meses, ele padecia sobre um leito de hospital.

Outro dia, ao assistir um vídeo antigo dele, chorei sozinho na sala. Lembrei-me de minha última visita. Meu avô estava franzino e amarelo, mal tinha forças para falar… eu era um adolescente, mas percebi ali que dificilmente o tornaria a ver antes do reencontro com Cristo.

Estranhamente, esse é o meu medo nesta viagem rumo a Bauru. Temo em ver minha vó de um jeito diferente ao que estou acostumado. Minha avó não é tão animada quanto meu avô era; tinha seus motivos. A vida lhe foi dura, perdeu dois filhos jovens – tios que eu nunca conheci - além de outros dissabores.

Espero que ela melhore e que eu possa levar meu filho para brincar com ela nos próximos meses.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Festa de Aniversário



Por falar em aniversários, lembro do meu, em comemoração aos seis anos. Lembro dos cinco engradados cheios de refrigerante tintilando no quintal, quando os entregadores da Antártica levavam a encomenda até em casa. Lembro também de minha mãe enrolando o chocolate e jogando granulado. Do cheiro doce que ficava na cozinha causando curiosidade nos vizinhos.

Na festa dos meus seis anos, meus principais amigos foram convidados. Havia os “caras” da rua e os da escola. Era época do pré e nos reuníamos em torno da mesa que tinha sobre si um bolo que reluzia a luz das tradicionais velinhas. Tinha também uma menina… sim, uma menina; a Vanessa …. … Estudava em minha classe e eu, imagino, tinha uma pequena queda por ela. Bom, não sei se era isso. O fato é que, quando me perguntaram para quem iria o primeiro pedaço do bolo, passei os meus olhos pelos rostos pedintes de meus pais, de meus avôs e parei na Vanessa, com seu cabelo louro, olhos castanhos e jeito doce. Fitei meus olhos ali, por alguns segundos. E, em meio ao interrogatório - “Quem vai ganhar o primeiro pedaço?” “Olha lá?” - Num arroubo de coragem, estiquei firmemente minhas mãos, que segurava o pratinho-prêmio, na direção da Vanessa.

Ela ficou vermelha e eu também. Não sei exatamente porque fiz isso; não me recordo de nenhum affair antes do convescote. O fato é que gostei da atitude corajosa. A Vanessa nunca mais foi em uma festa de aniversário minha – não sei se foi por falta de convite ou por outro motivo.

Tudo isso pode ser -como eu mesmo diria em um momento de mau-humor - bobagem. Mas a vida sem bobagens é muito difícil de se levar.

domingo, outubro 22, 2006

Minha primeira vez





Atraído ao local que era um pouco escuro, estava excitado com a experiência que se seguiria. O medo de ver sangue não me incomodava. Não via mesmo a hora de tudo começar, e assim tive uma das sensações mais interessantes quando, num sábado a noite (e, como diz aquela música, “todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite”), acompanhei uma luta de muay thai, uma modalidade que inclui golpes com os pés, joelhos e mãos.

A experiência foi por conta de uma pauta que estava escrevendo. Sabia que não poderia fazer uma matéria sobre lutas de contato sem nunca ter assistido a uma pessoalmente. Tudo bem, já joguei video-game e assisti canais pagos com esse tipo de esporte. Quando mais jovem, nos reuníamos em casas de amigos só para ver aqueles brutamontes desferirem seus violentos golpes pela tv. Era emocionante. Mas ao vivo seria muito melhor.

Talvez você até me recrimine, achando que sou um apologista da violência etc. Mas, seja sincero, quando na escola alguém gritava: “É briga!”, você nunca saiu correndo para ver os brigões rolando pelo chão com seus livros de matemática e ciência sendo esparramados pela calçada? Era uma espécie de revolta contra a razão. Danem-se os livros, pra que motivos; logo logo seremos obrigados a pedir desculpas um ao outro e aí estara tudo bem.

Lembro de uma ocasião – eu deveria estar na quarta série (10 anos) - e nunca havia brigado na escola. Nem um empurrãozinho. A virgindade de meus punhos me incomodavam. Havia um outro colega, o “zoreia”. Ele era mais experiente. Sempre dava e recebia uns murros pelos corredores da escola. Um dia não resisti. Acho que nem houve motivo. O fato é que fui educadamente até ele para pedir que marcássemos um embate para o fim da aula, no portão da saída –o palco dos palcos!.

Ele, como bom brigão que era, aceitou de pronto sem me perguntar as razões. Talvez ele entendeu a minha aflição em acabar de vez com a fama de “P.V” (punho virgem), afinal, já tinhámos dez anos. Precisávamos exercer nossa masculinidade.

Chegou o horário e nos encontramos na saída. Aguardamos um pouco enquanto o público se acomodava ao redor. Alguns colegas, solidários, fizeram a propaganda pela escola. “Olha, sabe o Marcelo da Quarta B? Então, ele vai brigar com o zoreia da C”.

Com uma platéa considerável, começamos o duelo. Acho que levei uma rasteira no primeiro movimento. Troquei alguns socos na região do peito (no rosto era falta de honra) e logo uma professora nos recriminou e apartou a briga. Com isso, a roda soltou um sonoro “ah!” e se desfez em segundos. Ficamos eu e o “zoreia” na calçada, chateados por nossa luta não ter durado mais que um minuto. Mas, foi um dos minutos mais deliciosos de minha vida. Por fim, fomos embora juntos, como bons amigos que éramos. Daquele instante em diante eu sabia que havia estrelado o hall da fama dos lutadores do 1º grau (ensino fundamental de hoje). Voltei radiante para casa, sem contar nada para minha mãe, é claro; ela jamais entenderia. Algumas experiências não podem ser compartilhadas…são guardadas apenas em nossos corações e mentes. São momentos únicos na vida.

terça-feira, outubro 03, 2006

No Metrô

Caso alguém me perguntasse onde, em São Paulo, há um bom lugar para se dedicar ao hábito da leitura, eu teria a resposta de pronto: Nos vagões dos trens do metrô. Não há, na capital, melhor sala de leitura.Depois de uma extensa pesquisa, que me custou 1800 segundos – tempo de percurso até o trabalho - cheguei à conclusão que, em cada grupo de 15 pessoas, 13,3 estão lendo alguma coisa. Os títulos são os mais diversificados possíveis. De revistas como Conta Mais!, Ana Maria e edições do Metrô News e do jornal esportivo Lance! a clássicos da literatura como Eça de Queiroz, Machado de Assis. Tem até gente lendo O Mundo de Sofia! Alguns livros de bancas também fazem sucesso, outro dia uma senhora, de uns 40 anos, lia com atenção um romance caliente da coleção Julia, enquanto devorava uma barra de chocolate. Achei melhor sair de perto enquanto ainda restava chocolate. Lembrei de alguns tipos de leitores mais exóticos:Universitários-de-exame: Muito comum nesta época do ano, estão sempre com a aparência cansada lendo apostilas ou livros emprestados, enquanto esfregam os olhos por baixo das lentes dos óculos. É fácil reconhece-los. Eles vão até as estações terminais só para poderem arranjar um lugarzinho sentado – e não se levantam nem que aja uma excursão da terceira idade no vagão.Pré vestibulando: As características são muito parecidas com os de cima, a diferença é que são, em sua maioria, descendentes de orientais e lêem apostilas do Etapa e Objetivo. Além disso, são mais calmos e costumam sussurrar enquanto estudam.O Torcedor:. Basta seu time aplicar uma goleada no rival que lá está ele, sorridente, lendo e relendo o caderno de esportes, com a gloriosa camisa cheirando a naftalina. Pseudo-homem de negócios: Esse tipo de leitor anda em moda, principalmente depois do sucesso televisivo de O Aprendiz. Nas mãos a edição da revista Time ou da Newsweek, o jornal Gazeta Mercantil (que tem um visual mais sério que o do Valor Econômico, apesar de ser mais complicado) e o celular. Adoram usar a combinação terno + sobretudo.O evangélico:. Nesse grupo, há dois tipos: Um é do tipo mais sério, normalmente membro de uma igreja histórica ou pentecostal, que está sempre segurando a Bíblia, surrada pelo uso, enquanto tenta se equilibrar no trem. Há outro tipo, o do crente-egoísta. Esses não cedem lugar pra ninguém sob o argumento de que aquele lugar é do “filho de Deus” e que ele deve estar sobre o “ímpio”, porque, afinal, é “cabeça e não cauda” e por ai vai. Não lê muito a Bíblia mas adora livros de auto-ajuda evangélicos que ensinam a "conquistar", "tomar posse", "reivindicar", "ser restituído" e outros temas assim.Pode observar na sua próxima ida ao trabalho, isso, claro, sem querer atrapalhar sua divertida leitura no metrô.

Descobrindo




Onde está a Lua, pai?Está lá em cima, no céu. E o avião?Também está lá. Perto da lua.Foi a resposta que veio a minha mente no momento. Ele, meu filho, olhou para mim, fez um carinho no meu cabelo e dormiu. Acho que funcionou.Mas eu não estava pensando na Lua. pensava em como fazer para quitar minhas dívidas. Os frilas praticamente sumiram. Quem me deve não quer pagar e o salário de repórter não está dando conta de tantas demandas. O que fazer? Vender o apartamento, recém adquirido em 240 parcelas pela Caixa Federal? Vender o carro e ficar a pé?Disparei alguns e-mails. Sugestões de pautas. Meu filhinho, enfim, dormiu ao som de estórinhas da autora Ruth Rocha. Conformado com a situação da lua e do avião, sua mente descansou. Eu tenho dificuldades de domesticar minhas inquietações. Minhas dúvidas que somam-se as dificuldades cotidianas, não me deixam em paz. Acho que de devo aprender com ele, afinal, se a lua continua lá em cima e o avião também, alguém deve estar no comando das coisas.Boa noite. Marcelo